MAGOS DE ARUANDA

Este Blog tem a finalidade de divulgar inspirações, idéias vindas da escola superior de Magia Divina e Umbanda Sagrada, bem como mostrar canalizações provindas dos Mestres do Saber, da Lei e da Vida.

30 julho 2009

Fato ocorrido na aula de Magia das Velas.

Certo dia me deparei com uma pergunta um tanto quanto inusitada feita por um filho de uma aluna minha, esse dizia:
"- Posso fazer Magia para meus inimigos, pois se a Magia serve para tudo, por que não fazer para eles seguirem adiante seu caminho, serem felizes e nunca mais me encherem o saco, ou pertubarem minha vida?"
Me impressionei com tamanha indagação e reflexão provinda de um adolescente, pois ao usar suas analogias, mostrou bom senso e boa índole, diferentemente de outros que só pensam o contrário, ou seja "Como ferrar aqueles que são contrarios a minha vontade".
Concordei com o rapaz, comentei com ele que havia sabedoria nas suas palavras, mas que acima de tudo deveria pairar o bom senso, pois às vezes mandamos embora justamente aquele que nos faz crescer e prosperar. Afinal, nada melhor do que um bom inimigo, alguém que cutuque a sua ferida, o teste, para que você saia do seu marasmo, busque uma nova senda, e com isso cresça e evolua.
Como foi dito, deve-se ter, antes de tudo, bom senso. A Magia Divina não tem contradição, somos apenas bons instrumentos e o que deverá estar acima de tudo é a vontade de Deus.
O jovem se empolgou e já comentou que esta ansioso para começar a próxima turma de Magia.
H.R.

01 julho 2007

Se enquadrar

Como é difícil se enquadrar, como é difícil ser querido e ser admirado sendo você mesmo. Sempre temos que vestir máscaras, usar rótulos e maquiagens para sermos aceitos, estarmos em grupo. Dificilmente somos aceitos pelo que somos, muitas vezes, quando agimos de acordo com a nossa natureza somos incompreendidos, vistos muitas vezes como loucos.
É difícil para todo ser humano, principalmente na sua juventude, compreender essa relação grupo x ser verdadeiro, principalmente quando chegamos à puberdade e queremos descobrir nossa identidade, pertencer a um grupo, seja ele qual for. Contudo, geralmente não somos honestos conosco mesmos, pois sempre queremos pertencer ao grupo da moda, àquele em que as pessoas têm os melhores carros, as garotas mais belas, dinheiro, entretanto, ao entrarmos para esse grupo negamos o nosso Eu, a nossa essência, e criamos uma outra identidade, que de início pode parecer legal, pois nos levanta a auto-estima.
Mas com o passar do tempo, o nosso íntimo nos cobra e começa a famosa crise existencial. Começamos a querer voltar à nossa origem, o que acarreta em muitos casos de depressão profunda e até ao extremo da morte.
Antes que isso ocorra, procure se conhecer realmente, verifique quem é você, seja verdadeiro com você mesmo. No início poderá parecer que a sua vida é meio monótona, simples, mas agindo assim você pode ter certeza, você terá uma personalidade sólida, construída com o seu ser e que lhe trará a longo prazo a verdadeira evolução e felicidade.

Fiquem com Deus!

Abraços do seu irmão Sete Lanças

06 maio 2007

"Boacumba"

Ouvi dias desses do nosso querido Rubens Saraceni uma expressão que me deixou um tanto quanto perplexo, a "Boacumba".

Esse termo veio bem a calhar, muitas vezes nós Umbandistas somos rotulados de estarmos fazendo "Macumba", rotulam nosso ritual de forma perjorativa, ligando essa expressão a nós de forma a nós ridicularizar, de nós conectar com algo ruim, maligno, de muito mau gosto, um ritual nefasto feito por pessoas malignas, e através do Mestre Rubens "me caiu" a ficha, já que nós ridicularizam com um termo chinfrim que na verdade tem origem de outra expressão, por que não podemos utilizar outro também de forma irônica a fim de nós defendermos, fazer com que todos vejam em nossos gestos, atitudes, que existe a "Boacumba", ou seja, que na Umbanda há a beleza, a simplicidade, a caridade e que chega dos Umbandistas serem rotulados pelos outros com formas e expressões que nós denigrem.

Que nós tenhamos culhões e possamos honrar nosso ritual, defender nossa amada religião e quando alguém te dirigir o termos Macumba, responda firme com o termo "Boacumba", ou seja, somos bons, e como toda expressão idiomática se bastante proliferada acaba entrando em cunho popular, aos poucos esse termo irá preencher o espaço da expressão Macumba.

Irmãos mais importante que discutirmos o uso de uma expressão é sairmos da sombra, defendermos nossa amada Umbanda e assumirmos "Eu Sou Umbandista", isso sim faz a diferença e trará à tona aquilo que sempre buscamos, podermos cultuar nossos Orixás sem sermos discriminados.

H. R. por intermédio do Pai 7 Lanças

23 dezembro 2006

História da Mentora Vovó Catarina

História da Mentora Vovó Catarina
(Mas também conhecida como Dona Euzália)


Os tambores tocavam o ritmo cadenciado dos Orixás, e nós dançávamos. Dançávamos todos em volta da fogueira improvisada ou à luz de tochas ou velas de cera que fazíamos. A comida era pouca, mas para passar a fome nós dançávamos a dança dos Orixás. E assim, ao som dos tambores de nosso povo, nos divertíamos, para não morrer de tristeza e sofrimento. Eu era chamada de feiticeira. Mas eu não era feiticeira, era curandeira. Entendia de ervas, com as quais fazia remédios para o meu povo, e de parto; eu era a parteira do povo de Angola, que estava errando naquela terra de meu Deus. Até que Sinhazinha me tirou do meu povo. Ela não queria que eu usasse meus conhecimentos para curar os negros, somente os brancos; afinal, negro - dizia ela - tinha que trabalhar e trabalhar até morrer. Depois, era só substituir por outro. Mas Dona Moça não pensava assim. Ela gostava de mim, e eu, dela. Fui jogada num canto, separada dos outros escravos, e todas as noites eu chorava ao saber que meu povo sofria e eu não podia fazer nada para ajudar. De dia eu descascava coco e moía café no pilão. À noite eu cantava sozinha, solitária. E ouvia o cantar triste de meu povo, de longe. Ouvia o lamento dos negros de Angola pedindo a Oxalá a liberdade, que só depois nós entendemos o que era. E os tambores tocavam o seu lamento triste, o seu toque cadenciado, enquanto eu respondia de meu cativeiro com as rezas dos meus Orixás. A liberdade, que era cantada por todos do cativeiro, só mais tarde é que nós a compreendemos. A liberdade era de dentro, e não de fora.
Aqueles eram dias difíceis, e nós aprendemos com os cânticos de Oxóssi e as armas de Ogum o que era se humilhar, sofrer e servir, até que nosso espírito estivesse acostumado tanto ao sofrimento e a servir sem discutir, sem nada obter em troca, que, a um simples sinal de dor ou qualquer necessidade, nós estávamos ali, prontos para servir, preparados para trabalhar. E nosso Pai Oxalá nos ensinou, em meio aos toques dos tambores na senzala ou aos chicotes do capitão, que é mais proveitoso servir e sofrer do que ser servido e provocar a infelicidade dos outros.
Um dia, vítima do desespero de Sinhá, eu fui levada à noite para o tronco, enquanto meus irmãos na senzala cantavam. A cada toque mais forte dos tambores, eu recebia uma chibatada, até que, desfalecendo, fui conduzida nos braços de Oxalá para o reino de Aruanda. Meu corpo, na verdade, estava morto, mas eu estava livre, no meio das estrelas de Aruanda. Em meu espírito não restou nenhum rancor, mas apenas um profundo agradecimento aos meus antigos senhores, por me ensinar, com o suor e o sofrimento, que mais compensa ser bom do que mau; sofrer cumprindo nosso dever do que sorrir na ilusão; trabalhar pelo bem de todos do que servir de tropeço. Eu era agora liberta, e nenhum chicote, nenhuma senzala poderia me prender, porque agora eu poderia ouvir por todo lado o barulho dos tambores de Angola, mas também do Kêtu, de Luanda, de Jêje e de todo lugar. Em meio às estrelas de Aruanda eu rezava. Rezava agradecida ao meu Pai Oxalá.
Fui pra Aruanda, lugar de muita paz! Mas eu retomei. Pedi a meu Pai Oxalá que desse oportunidade pra eu voltar ao Brasil pra poder ajudar a Sinhá, pois ela me ensinou muita coisa com o jeito dela nos tratar. E eu voltei. Agora as coisas pareciam mudadas. Eu não era aquela nega feia e escrava. Era filha de gente grande e bonita, sabia ler e ensinava crianças dos outros. Um dia bateu na minha porta um homem com uma menina enjeitada da mãe. Era muito esquisita, doente e trazia nela o mal da lepra. Tadinha! Não tinha pra onde ir, e o pai desesperado não sabia o que fazer. Adotei a pobre coitada, fui tratando aos poucos e, quando me casei, levei a menina comigo. Cresceu, deu problema, mas eu a amava muito. Até que um dia ela veio a desencarnar em meus braços, de um jeito que fazia dó. Quando eu retomei pra Aruanda, o que vocês chamam de plano espiritual, ela veio me receber com os braços abertos e chorando muito, muito mesmo. Perguntei por que chorava, se nós duas agora estávamos livres do sofrimento da carne, então, ela, transformando- se em minha frente, assumiu a feição de Sinhazinha! Ela era a minha Sinhá do tempo do cativeiro. E nós duas nos abraçamos e choramos juntas. Hoje, trabalhamos nas falanges da Umbanda, com a esperança de passar a nossa experiência pra muitos que ainda se encontram perdidos em suas dificuldades.


Extraído do Livro (TAMBORES DE ANGOLA)

27 novembro 2006

Tabela informações Orixás -parte 2



Essa tabela foi baseada no Livro Código de Umbanda
(Rubens Saraceni)

Tabela informações Orixás -parte 1


Esta tabela foi fundamentada sob o Livro Código de Umbanda
(Rubens Saraceni)

11 novembro 2006

Ervas secas x Ervas frescas.

Ervas secas x Ervas frescas.









Alguns adeptos de religiões de matriz africana afirmam piamente que as ervas secas são mortas. Não admitem em hipótese alguma o uso de ervas secas. São elementos que passaram por uma transformação , da sua forma original foi retirado o liquido, a essência aquática. Mas isso não é ruim, não. É apenas diferente e muito apropriado para algumas práticas. O fato de a erva ter passado por esse processo transformador, fez com que ela carregasse em si o próprio fator da transformação. A energia fica muito mais concentrada. Mas precisa ser acordada. E aí que começa a falta de conhecimento de quem critica. Acordar uma erva seca requer Fé. É necessário acreditar que o elemento esta vivo, vibrante, e naquele momento, esta apenas em estado de dormência. As ervas secas normalmente são colhidas por pessoas que não conhecemos. Em situações que não sabemos. Por exemplo, não sabemos se, ao colher a erva, o indivíduo que o fez estava de tão mau humor, captando energias negativas do astral, que impregnou as ervas dessa essência densa. E aí? Fazer o quê? Pois bem, foi dito que para colher a erva, devemos nos dirigir com Amor e Bom Senso, muito respeito mesmo ao espírito vegetal continua animando a erva seca. Numa forma e essência diferentes, repetir a reza para acordar a erva: Amado pai Criador de tudo e de todos nós, Amada Mãe Terra, força viva geradora de tudo o que conhecemos, sagradas forças vegetais, peço que tornem novamente essa erva, numa força viva e ativa, capaz de responder aos meus estímulos e solicitações de cura e amparo energético e façam cada vez mais de mim, instrumento de vossa vontade maior. Assim seja e assim será Irradie mentalmente ou com a palma das mãos, em direção a erva, já desembalada, de preferência colocada em um recipiente apropriado. Etc,..

Texto estraído do livro O PODER DAS ERVAS de Adriano Camargo – O Erveiro da Jurema (Editora Panorama)

02 novembro 2006

A necesidade em amar

A necesidade em amar, nós que aqui estamos cada dia a busca do companheiro (a) perfeitos alguém que nós preencha , que nós complete, alguém que nós tire do nosso marasmo, da nossa vidinha, alguém que traga até nós um pouco de esperança, que nos encha de sonhos e desejos, enfim alguém especial que um dia irá cair do céu e irá destruir o velho e trazer o novo, isso é muito bonito, muito belo, até aceitável na juventude, mas com o passar do tempo a busca pelo ser ideal que nunca veio, torna-se com o amadurecimento a busca pelo companheiro(a), cada ano passado nós nos tornamos menos exigentes e começamos a deixar de sonhar e desejar simplemente ter alguém, mesmo que ele (a) tenho(a) vícios, não seja lindo(a), não importa, o essencial torna-se ter alguém , não ficar sozinho(a), mas vejam irmãos(as), a busca deveria ser muito maior e muito mais consciente, na verdade deveriamos estar muito mais preocupados em encontrar alguém que será nosso(a) companheiro(a) de missão, alguém que esta predestinado a dividir conosco o que vier, sejam os frutos doces ou as destemperanças, e caso em nosso destino não haja ninguém, não se aflijam, foquem seu desejo em algo ainda mais amplo que é o bem comum, ajudar ao próximo, ser um instrumento de Deus perante os homens, com certeza não há nada mais gratificante que essa condição, fiquem com Deus.

De sua irmã Maria Padilha

Oração ao Mistério Tranca Ruas

Ao Mistério Tranca-Ruas

Por Adelaide Scritori

Faço reverência a vós mistério sagrado da criação,
Vós que SOIS a manifestação do divino,
Peço que nesta noite possa se manifestar entre nós,
CONFORME nosso merecimento.
No seu poder, na sua força, e na sua magnitude,
Pelo caminho tripolar que emana de VÓS,
Pelo caminho que só vós conheceis,
Pela força que só a vós pertenceis,
E pelo poder de trancar a VÓS concedido,
Eu peço:
Que as trevas que habitam em mim sejam trancadas,
Que o ódio e o sentimento impuro que emana da minha alma sejam trancados,
Que a falsidade que exala dos meus poros seja trancada,
Que o rancor e a miséria que habitam o meu coração sejam trancados,
Que a dissimulação e a superficialidade que nasce da minha língua sejam trancados,
Que o egoísmo e a maldade que transcendem da minha mente sejam trancados,
Que A palavra torta que sai da minha boca e o pensamento roto que sai da minha cabeça contra o próximo
Sejam trancados,
Que a capacidade que os meus olhos têm de amaldiçoar e destruir sejam trancados,
E assim, fonte primária da criação, assim que Trancar a tudo isso no seu âmago, pois é na vossa essência que tudo isso se desvitaliza, peço a VÓS que:

Destranque todas as portas do meu caminho,
Destranque todas as passagens da minha jornada,
Destranque toda prosperidade material e espiritual,
Destranque o meu coração das amarguras,
Destranque o meu sustento de cada dia,
Destranque os meus corpos espirituais e o meu corpo material da agonia, do desespero e da aflição que me assolam na calada da noite,
Destranque o meu emprego, o meu negócio e a minha morada material,
Destranque o martírio familiar pelo qual eu tenho passado,
Destranque os meus olhos para as maravilhas do mundo espiritual,
Destranque a minha liberdade!
Pois vós, Força Sagrada do Divino Criador, é o portador supremo da Vitalidade!

Salve o Mistério Tranca-Ruas!!!